SOMBRA
tua sombra nunca está onde espero
te indecifro
enlouqueço e não te laço
me foges sombra selvagem, me enlaças
eco rebelde parido em silêncio
desespero e não te encontro
mas te suspeito onde a vida freme
ágil borboleta azul
tua sombra nunca está onde espero
te indecifro
enlouqueço e não te laço
me foges sombra selvagem, me enlaças
eco rebelde parido em silêncio
desespero e não te encontro
mas te suspeito onde a vida freme
ágil borboleta azul
O poema
roça o abril da garganta
e multiplica seu tecido
de palavras.
Será um poema de maio.
Terá a luz da palavra
luz
e o brilho da palavra estrela.
Depois
haverá o abraço frio do outono
e o verbo
desaparecerá.
Sanduíches de brisa
e um farnel de gorjeios.
O caminho do sol sugere.
Nesta manhã
nem as formigas trabalham.
A manhã vai longe
quando os pássaros dormem
e as cores sonham
o prefácio do dia.
Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +