POEMA DE MAIO
O poema
roça o abril da garganta
e multiplica seu tecido
de palavras.
Será um poema de maio.
Terá a luz da palavra
luz
e o brilho da palavra estrela.
Depois
haverá o abraço frio do outono
e o verbo
desaparecerá.
O poema
roça o abril da garganta
e multiplica seu tecido
de palavras.
Será um poema de maio.
Terá a luz da palavra
luz
e o brilho da palavra estrela.
Depois
haverá o abraço frio do outono
e o verbo
desaparecerá.
O buraco do espelho está fechado,
Agora eu tenho que ficar aqui
Com um olho aberto, outro fechado,
No lado de lá onde eu caí.
Pro lado de cá, não tem acesso,
Mesmo que me chamem pelo nome
Mesmo que admitam meu regresso
toda a vez que eu vou a porta some.
A janela some na parede
A palavra de água se dissolve
Na palavra sede, a boca cede
Antes de falar e não se ouve.
Já tentei dormir a noite inteira
Quatro, cinco, ou seis da madrugada.
Vou ficar ali nessa cadeira,
Uma orelha atenta, outra ligada.
O buraco do espelho está fechado.
Agora eu tenho que ficar agora
Fui pelo abandono abandonado
Aqui dentro do lado de fora.
A ponte é longa
No You Tube, A moça e a ponte, de Edival Perrini, com musica
e interpretação de Jazomar Vieira da Rocha:
Tags: cores, dança, encanto, graça, ponte moça, precipício, tempero, verão
Um dia eu
morrerei
de sol, de
vida acumulada,
na convulsão
das ruas
Um dia eu
morrerei e
não
deveria:
há poemas
escorrendo de meus dedos
e um vinho não
provado.
Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +