RESSACA
De dentro desta marola,
um frenesi se gesta.
Na madrugada da lua cheia,
o mar morderá nacos de praia,
derrubará muradas, calçadas,
palmeiras.
Depois retornará
nauseado
ao leito de sua calma lunática.
De dentro desta marola,
um frenesi se gesta.
Na madrugada da lua cheia,
o mar morderá nacos de praia,
derrubará muradas, calçadas,
palmeiras.
Depois retornará
nauseado
ao leito de sua calma lunática.
as coisas são
invisíveis
como o ar
se você não
para para
reparar
Tags: ar, Arnaldo Antunes, coisas, invisíveis, reparar
Era para ser um poema,
era feito mel e colmeia,
mas entre trancos e barrancos
perdi a pilha da ideia.
Tags: barrancos, colmeia, deu branco, mel, pilha da ideia, trancos
Que dança que não se dança?
Que trança não se destrança?
O grito que voou mais alto
Foi um grito de criança.
Que canto que não se canta?
Que reza que não se diz?
Quem ganhou maior esmola
Foi o Mendigo Aprendiz.
O céu estava na rua?
A rua estava no céu?
Mas o olhar mais azul
Foi só ela quem me deu.
Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +