INVERNO
Hálito cínico
não tece nem constrói,
mói.
Nada tenho com esse frio.
O sol borrifa em mim
a canção dos barcos,
o matreiro vento do verão.
(Crédito da foto: Guia Turismo de Curitiba)
Hálito cínico
não tece nem constrói,
mói.
Nada tenho com esse frio.
O sol borrifa em mim
a canção dos barcos,
o matreiro vento do verão.
(Crédito da foto: Guia Turismo de Curitiba)
O poema
roça o abril da garganta
e multiplica seu tecido
de palavras.
Será um poema de maio.
Terá a luz da palavra
luz
e o brilho da palavra estrela.
Depois
haverá o abraço frio do outono
e o verbo
desaparecerá.
Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +