A ILHA
A ilha que interrompe o prumo do horizonte
põe virgulas na utopia,
põe graça nas reticências do litoral.
Não saber o nome da ilha
me permite batizá-la,
batizá-la de novo,
surfar sobre sombras.
Por vezes,
a ilha que interrompe o prumo do horizonte
é um ponto final.
Esta ilha eu evito,
ela me põe triste como a neblina.
CRÉDITO DA FOTO: Jeferson Vasconcellos.
17/07/2014
Nenhum ponto final é bem vindo . Ele existe sim , mas tem sua hora . Portanto eu também evito esta ilha .
17/07/2014
Sem ponto final.Seguimos nossa trilha.
17/07/2014
Boa noite !!! Boa viagem ! Vá e retorne feliz e satisfeito . Um grande abraço.
19/07/2014
Se o ponto é o começo de uma NOVA frase, com novas vírgulas e um renovado enredo…bem vindos os pontos…desde que não sejam finais!!
Lindo o casamento do poema com a imagem!
- – -!
20/07/2014
De: Cláudia Fernandino Cotta Dias
Assunto: elogio de fã
Corpo da mensagem:
“Meu poeta preferido”, Edival… Coisas do acaso…ontem, a noite peguei o meu “O olho das águas” pela “enésima” vez e degustei de novo as suas palavras! E hoje pela manhã, vejo seu novo poema A ilha. Curto muito!!!
Ler vc, pra mim, é como o seu “Deboche”: “No meio da chuvarada
escapando da ventania
um raio de sol.” Adooooro!
Um grande abraço pra vc, esteja sempre muito inspirado!
17/08/2014
olá amigo, bom dia! adorei “reticências no litoral”. à beira do mar, profundo e belo, um infinito de possibilidades desconhecidas, as reticências bordam a possibilidade das possibilidades. Parabéns pelo lindo site, pelas poesias que não nos deixam com o ponto final: são sempre dois (ou três, ou muitos)
pontos – você olhando a ilha, eu olhando você olhar a ilha.
17/08/2014
Obrigado pela companhia e pela descoberta (parceira) destes tantos pontos a explorar, em todos os horizontes!