Sobre o poeta

Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Formado Médico pela Universidade Federal do Paraná, em 1973, especializou-se Psiquiatra pela Associação Brasileira de Psiquiatria e Psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Atende em Curitiba, e tem função Didática e Docente na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e no Grupo Psicanalítico de Curitiba. Com Cleuza, tem uma história de vida, três filhos- Luciana, Rodrigo e Cláudio- e dois netos, Giovanna e Ian. Criou e participa do grupo Encontrovérsia, de estudo e crítica literária, desde 1980.

Bibliografia

Publicações:

- ENTRE SEM BATER, poemas e crônicas, Ed. Rosário / Feira Intercolegial Estudantil do livro, Curitiba PR, 1972.

- POEMAS DO AMOR PRESENTE, poemas, Ed. Beija-Flor, Curitiba PR, 1980.

- OLHOS DE QUITANDA, poemas, Ed. do Autor, Curitiba PR, 1986.

- POMAR DE ÁGUAS, poemas, Ed. Kugler Artes Gráficas, Curitiba PR, 1993.

- ARMAZÉM DE ECOS E ACHADOS, poemas, Ed. do Autor, Curitiba PR, 2001.

- FANDANGO DO PARANÁ: OLHARES, prosa sobre fotos de Carlos Roberto Zanello de Aguiar, Ed. Optagraf, Curitiba, PR, 2005.

- O OLHO DAS ÁGUAS, poemas, Ed. do Autor, Curitiba PR, 2009.

Antologias:

- SANGRA-CIO, poemas, Ed. Grupo Sala 17, Curitiba PR, 1980.

- LUARA, poemas, Ed. Grupo Encontrovérsia, Curitiba PR, 1982.

- LIMO A LEME NENHUM, poemas, Ed. Grupo Encontrovérsia, Curitiba PR, 1986.

- ANTOLOGIA DA NOVA POESIA BRASILEIRA, poemas, organização de Olga Savary, Ed. Fundação Rio/ Rioarte e Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro RJ, 1992.

- DIVERSO, poemas e contos, Ed. Grupo Encontrovérsia – 15 anos, Curitiba PR, 1995.

- VALORES, PRINCÍPIOS E MUITA S LEMBRANÇAS, prosa,Ed. Associação de Ex-alunos do Colégio Medianeira, Curitiba PR, 1997.

- POESÍA DE BRASIL, poemas, Ed. Proyecto Cultural Sur/Brasil, organizador Aricy Curvello, Bento Gonçalves, RS / Havana, Cuba, 2000.

- POESIA DO BRASIL, poemas, Ed. Proyecto Cultural Sur/ Brasil, organização Suely de Freitas Martí, Bento Gonçalves, RS, 2002.

- TRAÇOS DO OFÍCIO, poemas, Ed. Optagraf/ Grupo Encontrovérsia, Curitiba, PR, 2004.

- POESIA DO BRASIL, vol. III, poemas, Ed. Proyecto Cultural Sur/ Brasil, organização de Ademir Antonio Bacca, Bento Gonçalves, RS, 2006.

- “A MODERNIZAÇÃO DA MÚSICA PRIMITIVA”, co-autor, organização de Claudinho Brasil, Ed. Gramofone, Curitiba PR, 2007.

- POESIA DO BRASIL, vol. XI, poemas, Ed. Proyecto Cultural Sur/ Brasil, organização de Ademir Antonio Bacca, Bento Gonçalves, RS, 2010.

Outros:

- “Programação Visual em Veículos de Poesia Alternativa”, monografia de graduação sobre a obra poética de Edival Perrini, apresentada aos cursos de Desenho Industrial e Comunicação Visual do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, por Vera Celusniak, em novembro de 1987.

- Projeto “Poesia nas Escolas Municipais e nos Muros da Cidade de Curitiba”, Fundação Cultural de Curitiba, 1986 e 1987.

- Exposição ” Interpretação Gráfica de Poemas de Edival Perrini”, por Vera Celusniak, Casa Gilda Belzak, junho de 1988, Curitiba.

- Texto para Programa de Teatro “As Bruxas de Salém”, direção de Marcelo Marchioro, Teatro Guaira, novembro de 1990.

- Resenha de Édison José da Costa sobre “Pomar de Águas” (1994), Revista Letras, nº 43, Ed. da Universidade Federal do Paraná.

- Texto para Programa de Teatro “O Incrível Retorno do Cavaleiro Solitário”, direção de Hugo Mengarelli, pequeno auditório do Teatro Guairá, 1994 e Teatro do Paiol, 1997.

- Projeto “Telepoesia”, Fundação Cultural de Curitiba/ Telepar, outubro e novembro de 1995.

- Prefácio do Livro “O Incrível Retorno do Cavaleiro Solitário”, de Hugo Megarelli, Ed. Imprensa Universitária da Universidade Federal do Paraná, 1996.

- Jornada “Poesia na Poesia”, com o Grupo Encontrovérsia, Primeira Feira Interamericana do Livro, maio de 1997, Curitiba.

- Texto para Programa de Teatro “Killer Disney”, direção de Marcelo Marchioro, mini-auditório do Teatro Guaira, novembro de 1997 e março de 1998.

- Projeto “Traços e Palavras” (1998), Caixa Econômica Federal do Paraná.

- Texto para Programa de Teatro “À Grega”, direção de Marcelo Marchioro, Espaço 2, julho e agosto de 2000.

- Verbete da “Enciclopédia de Literatura Brasileira” (2001) de Afrânio Coutinho e J. Galante de Souza, São Paulo, SP.

- Prefácio do livro “Fôlego” (2002) de Luiz Felipe Leprevost, Ed. do autor, Curitiba, PR.

- Resenha de Édison José da Costa sobre “Armazém de Ecos e Achados” (2002), Revista Letras, nº 57, Ed. Universidade Federal do Paraná.

- “Edival Perrini, poeta curitibano: um estudo”, dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Letras, setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, por Lusiana Bengtsson. 2004.

- Membro da comissão julgadora do Concurso Nacional e Categoria Paraná de Poesia “Helena Kolody”, 2005.

- Projeto “Palavra de Poeta”, Feira do Poeta, Fundação Cultural de Curitiba, 2007.

- Projeto “Café, Leite Quente e Poesia”, Bar do Paço, Paço da Liberdade, SESC-PR, Curitiba, 2012.

Referências

Poemas do Amor Presente bem exprime a sua sensibilidade e a sua visão humanística do mundo”.
(Carlos Drummond de Andrade).

“Edival Perrini é poeta/louco. Refugia-se entre os que levam a mente na contra-mão, sentindo a indigesta situação dos que são e não são. Desliza pelos deslizes da mente humana, contando a si mesmo porque de si mesmo é diverso.
Um único tema, a vida, a vida toda”.
(Adélia Maria Lopes in Olhos de Quitanda)

“O feitiço de seus versos transfigurou minha visão do mundo, tão ensombrada e assombrada. A pura poesia de Pomar de Águas levou-me para o seu universo de contínuas invenções, saciou minha sede de beleza”.
(Helena Kolody).

“Edival Perrini bem suspeita onde a vida freme. E bem suspeita o lugar da poesia”.
(Manoel de Barros, sobre Pomar de Águas).

“Penso, salvo melhor juízo, que se trata do melhor livro do Perrini. Vislumbro nele a maturidade criadora do poeta”.
(João Manuel Simões, sobre Pomar de Águas).

Pomar de Águas mostra a caminhada amadurecida do poeta pelo reino das palavras”.
(José Mendonça Teles)

Muito consciente: é importante o Poeta saber o que diz, muitas vezes, sem saber, exatamente, o que diz. Há muito tempo não tenho visto Poesia como a do Perrini, tão boa, tão autenticamente Poesia: pelo amor de Deus, graças a Deus.
(Leopoldo Scherner in Pomar de Águas).

“Gostei do seu domínio do verso, a contensão, a mó que se entretece entre as imagens. Algo de chuva, grão, âncora, casulo nos poemas e beleza como esta: “respiro a cerração/ das nuvens que dormiram com você”.
(Carlos Nejar sobre “Pomar de Águas”).

“O Perrini combina a elaboração de paralelismos, ecos, e jogos verbais, com metáforas líricas da natureza, a floresta, o mar, os pássaros, para desvendar, reflexivamente e poeticamente, os caminhos humanos e as sensualidades”.
(Reinoldo Atem in Diverso).

“Em Diverso, valores de vitalidade impõe-se de modo claro no universo poético que os textos selecionados configuram. Assim sendo, motivos retirados da natureza e da anatomia feminina são focalizados com evidente ternura e sensualidade…”
(Édison José da Costa).

“Feiticeiro inventor, Edival Perrini cria prodígios poéticos e nunca se repete. Cada livro é único. Em Armazém de Ecos e Achados, Perrini parte dos vocábulos tradicionais e nos leva, de surpresa, para uma conotação nova, sábia e original. São poemas mínimos, plenos de magia poética e de filosofia existencial”.
(Helena Kolody, poeta, Paraná).

“Seu livro Armazém de Ecos e Achados me encheu os olhos de emoção, a começar pelo belo prefácio de Édison José da Costa. É poesia pura do começo ao fim. Sua poesia vem em vôo rasante: aterrisa no aeroporto de nossos olhos e nos deixa despupilados, de tanta beleza plástica espraiada na linguagem das palavras”.
(José Mendonça Teles, poeta, Goiás).

“Desde o primeiro momento, Armazém de Ecos e Achados está em minha cabeceira, do qual retiro em gotas, a cada noite, um precioso néctar. As palavras são poucas, parece, mas caem certeiras. Aos poucos, também elas se revelam. É um livro para ser lido por quem se despoja do tempo e das circunstâncias. Nele, o poeta se mostra aguçado e sutil, como é de seu estilo sempre sóbrio, delicado e profundo. Mas, pela concisão, parece haver um salto em sua poesia: a concentração do arqueiro que consegue acertar o alvo”.
(Walter Trinca, psicanalista e escritor, São Paulo).

“Há no recesso de Armazém de Ecos e Achados um jogo sutil de palavra e silêncio, uma bela aliança entre o humano e o cósmico. É admirável a celebração que Edival Perrini faz em torno dos elementos pré-socráticos e louvo com entusiasmo a paráfrase do salmo de David ao fim do livro. A capa com os traços de Poty e sua ambígua textura, entre pano cru e madeira envernizada, embrulha com originalidade e bom gosto a surpresa dos versos”.
(Astrid Cabral, poeta, Rio de Janeiro)

“Armazém de Ecos e Achados” de Edival Perrini oferece ao leitor o prazer da leitura, ou, em suas palavras, o gozo. Edival Perrini tem uma capacidade para criar imagens como poucos poetas contemporâneos. Elementos inanimados ganham vida graças à sua linguagem poética: “O vento voa telhas// Do sótão das nuvens,/ estrelas pescam o menino.” Forte e aderente imagem me vem à mente com seu “Retrato” em águas alucinadas.
A precisão é outra característica de sua linguagem nestes poemas em que o fogo do amor e da paixão mistura-se milagrosamente com a água que não o apaga: “Cansados de mar,/ pedaços de terra espiam:/ arquipélago”; “A paixão desata/ Sandice das águas/ Cataratas”; O mar/ quando molha tua saia/ fecunda de sereias/ nossa praia”. Sua poética é densa; tem a força da palavra bem escolhida. “Olhos te devoram/ Caminhas/ O sangue do instinto passeia teu olhar”; “Sei-os bem/ como sei em ti meus olhos:/ cheios”; “Apesar de sua induração,/ o ferro,/ renitente e inflexível,/ consente à umidade/ o gozo escarlate da ferrugem.” Nestes poemas em que a beleza da sonoridade domina, o leitor é levado, como a umidade, a viver um gozo escarlate. A completude no amor é líquida… e na poesia, gozosa e devota.”
(Cristiane Grando, poeta e doutora em Literatura, USP, São Paulo)

“Neste livro (O olho das águas), Edival Perrini contempla com amor o mundo líquido, suas múltiplas aparências de mar, foz, rio, chuva e fonte, dedicando a cada uma, sessão especial. O que logo ressalta à percepção do leitor é a harmonia existente entre o tema e a forma verbal escolhida para abordá-lo. De um modo geral, a polimetria dos versos parece acompanhar o dúctil fluxo das águas, sua elástica mobilidade.”
(Astrid Cabral, poeta, Rio de Janeiro)

“Na sua textualidade cantante, a poesia se espraia, marulhante, com sons de corais e búzios em cujas entranhas a música pulsa, implacável.”
(João Manuel Simões, poeta e escritor, sobre O olho das águas, Paraná.)

“Olho d’água é expressão sinônima de nascente d’água. Rara intuição teve Edival Perrini ao inscrever em livro a sua coletânea de poemas cujo tema é água e seus múltiplos cantares geográficos: mar, foz, rio, chuva e fonte. Num momento grave do planeta Terra com seu meio-ambiente, esse conjunto de poemas cuidadosamente elaborados não só traz a beleza poética –escrita e estética- como também o conteúdo que nos alerta e comove, instrui e sensibiliza. Os poemas são sintéticos em linguagem que traduz informação e, ao mesmo tempo, lirismo e criatividade.”
(Hugo Pontes, poeta, escritor e jornalista, Minas Gerais)

“Sua poesia encanta. É delicada, porém forte. Penetra e sacode o coração. Faz refletir.”
(Adélia Maria Woellner, poeta e escritora, sobre O olho das águas, Paraná)

O olho das águas do poeta curitibano Edival Perrini é um livro que fala do mundo hídrico que nos rodeia, revelando as suas mais diversas facetas. A água, estandarte da sua poesia, predomina como tema da obra, no intercâmbio que faz com tudo que lhe é afim. O espetáculo das águas é, talvez, a marca maior de Edival Perrini, graças a uma linguagem precisa, ágil, madura e substanciosa…”
(Silvério da Costa, poeta e jornalista, Santa Catarina)

“Publicado no final de 2009, o mais recente livro de poemas do curitibano Edival Perrini (O olho das águas) é uma obra-prima em todos os aspectos. O projeto gráfico, de extremo bom gosto,  marca a publicação com uma beleza incomparável que, no entanto, não se iguala à requintada poesia caracterizada pela concisão e pelas metáforas capazes de levar ao êxtase quem lê, permitindo um mergulho no mar interior – por vezes de água morna e viscosa, por outras de água fria a arrancar arrepios – contido em suas oitenta páginas.”
(Idalina de Carvalho, poeta e escritora, Minas Gerais)

“Claramente se percebe que Perrini é um poeta experiente: sua dicção é segura, e é notável sua sensibilidade rítmica. A esse respeito, acuradamente observa Astrid Cabral, prefaciadora do livro, que “a polimetria dos versos parece acompanhar o dúctil fluxo das águas, sua elástica mobilidade”; desse modo, o poeta logra cumprir a tarefa que impõe a si mesmo em ‘do mar’: “do mar / fazer um poema // oferecê-lo / a quem anda esquecido / de mar” — embora seja possível afirmá-lo também a respeito das restantes seções do livro, acerca de outros tipos de formações aquáticas.(…) Um dos melhores poemas do livro, “A cerimônia das nuvens” apresenta de modo exemplar as qualidades do texto de Edival Perrini: a linguagem despojada, isenta de hermetismos; o bom desenvolvimento das imagens poéticas, entremeadas por passagens reflexivas; e a já mencionada sensibilidade rítmica — é possível percebê-las neste trecho: “Surgem sombras ao esquadro, / contramão / de desejos ansiados, / ilusão. // Popular ensinamento / denuncia: / céu pedrento é chuva ou vento, /poesia”
(Henrique Marques-Samyn, escritor e tradutor, Rio de Janeiro)

O olho das águas é pura poesia, uma joia do fazer poético e do objeto-livro.”
(Olga Savary, poeta e escritora, Rio de Janeiro)

“A tua poesia tem essa força mágica de fazer com que não desgrudemos os olhos dela; e a ela voltamos ao menor sinal de chuva.”
(Ademir Antonio Bacca sobre O olho das águas, poeta, Rio Grande do Sul)

“Os versos breves de Edival Perrini são sugestões, delicadas insinuações, pequenas intervenções ou sínteses possíveis de um mundo palpitante. Instantâneos plenos de futuro. Assim, vejo coerência com a Psicanálise que ele também se dedica, de inspiração bioniana. Nossa mente está em criação, consonante com o universo em expansão.”
(Adriana Rotelli Resende Rapeli, psicanalista, in www.entreculturas.com.br)

 

 

Edival Perrini

Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +

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