NEBLINA
O hálito da neblina
mastiga da serra
sua essência de odores.
O hábito da neblina
revela no chão
os descaminhos ao mar.
O hábito da neblina
convida a não ver,
passos inebriados.
O hálito da neblina
turva primeiro, depois
publica o sol.
O hálito da neblina
mastiga da serra
sua essência de odores.
O hábito da neblina
revela no chão
os descaminhos ao mar.
O hábito da neblina
convida a não ver,
passos inebriados.
O hálito da neblina
turva primeiro, depois
publica o sol.
A ilha que interrompe o prumo do horizonte
põe virgulas na utopia,
põe graça nas reticências do litoral.
Não saber o nome da ilha
me permite batizá-la,
batizá-la de novo,
surfar sobre sombras.
Por vezes,
a ilha que interrompe o prumo do horizonte
é um ponto final.
Esta ilha eu evito,
ela me põe triste como a neblina.
CRÉDITO DA FOTO: Jeferson Vasconcellos.
Tags: ilha, litoral, neblina, ponto final, prumo do horizonte, sombras, triste, utopia
Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +