Poemas vivos

MENSAGEM DE NATAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Do Natal,
quero recolher a luz
e injetá-la nos olhos
com tal presença
que ao olhar em volta e ao redor
possa reconhecer
fontes.
 
Do Natal,
quero a magia da infância,
e redescobri-la
com tal reverberação
que as palavras
vistam-se
de ternura.
 
Do Natal,
quero me molhar na fé:
fé na Vida
que sempre terá a cara
do movimento que se movimenta em nós.
 
Do Natal,
quero apostar no Deus-Menino,
lua nova,
ideia nova,
célula nova
a fabricar pacientemente
uma pele nova
capaz de conter, com fulgor,
a Esperança.
 
 

Edival Perrini/ www.edivalperrini.com.br/ 2012

PRESENTE

Para Eucanaã Ferraz

Por que não me deitar sobre este
gramado, se o consente o tempo,
e há um cheiro de flores e verde
e um céu azul por firmamento
e a brisa displicentemente
acaricia-me os cabelos?
E por que não, por um momento,
nem me lembrar que há sofrimento
de um lado e de outro e atrás e à frente
e, ouvindo os pássaros ao vento
sem mais nem menos, de repente,
antes que a idade breve leve
cabelos sonhos devaneios,
dar a mim mesmo este presente?


Antonio Cícero/ Porventura/ 2012

VÉRTICE






 

 

 

 

 

 

 

 

Crédito da foto: Gustavo Asciutti.


Homem em pé sobre a canoa
pesca a manhã de cada dia,
noventa graus de poesia.

( Edival Perrini/Pomar de águas/ 1993 )

Nas trevas

Nas trevas,
a pequenina
chama brilha,
lança sombras,
brinca de
SOL.

( Cezar Zillig/ De ventos e brisas/ 2000 )

“EU NÃO LEMBRO”

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu não lembro,
mas lembro tão bem,
e isto é o que me assombra:
havia um pedaço de mar
e nós inventamos as ondas.

(Edival Perrini/ www.edivalperrini.com.br/ 2012)

Edival Perrini

Edival Antonio Lessnau Perrini nasceu em Curitiba-PR, em 23 de outubro de 1948, onde cresceu e reside. Saiba +

Arquivo

Newsletter

Cadastre-se e receba nosso boletim informativo:

Aceito receber emails